Of. Expedido nº 111/2012 Florianópolis,
26 de Abril de 2012
Exmo. Senhor
Eduardo Deschamps
Secretario de Estado
de Santa Catarina
Nesta
Senhor Secretário;
Diante
do exposto no ofício nº SEA nº 1991/2012, de 26-04-2012 temos a afirmar o que
segue:
O
SINTE/SC, representando os mais legítimos interesses dos educadores
catarinenses e respeitando as decisões da categoria nas suas instâncias
deliberativas, desde o final da greve de 2011, fez gestões junto ao governo
para tirar o governo da inércia e buscar efetiva negociação, nos termos do
acordo de final de greve.
Apesar
do nosso esforço, o governo usou deste expediente apenas para passar a idéia de
estar aberto à negociação, sem contudo comprometer-se com uma efetiva pauta de
negociação com a qual havia se comprometido. Prova disto é que em nenhum
momento apresentou uma nova tabela de Plano de Cargos e Salários com a devida
descompactação entre os diferentes níveis de formação da Carreira do
Magistério.
Na
derradeira hora, antes da Assembléia do dia 17/04 nos apresentou uma proposta,
baseada num modelo de Plano de Carreira por nós sugerido, muito distante do
prometido, sem deixar qualquer perspectiva de continuidade da negociação para
melhoria da proposta. Nas palavras do Secretário Dechamps: “... se a categoria
entender que não houve avanço, então vão fazer greve...”
A
posição política de interromper as negociações foi do governo que obrigou a
categoria a deflagrar a greve já anunciada desde o dia 15 de março, como o
último recurso para pressionar o governo a cumprir o acordado no final da greve
anterior.
Não fosse a postura taxativa de dar como
definitiva a proposta, sem acenar com nenhuma outra possibilidade, haveria
condições de, na Assembleia Estadual, buscar um caminho que levasse a continuidade
das negociações.
Diferentemente
da imposição do governo de medir forças para esmagar o movimento dos educadores
catarinenses, nossa postura é buscar uma saída para garantir o direito dos
trabalhadores em educação de Santa Catarina, ao mesmo tempo que se evite os
prejuízos à sociedade. Por tal razão não queremos que a greve seja encerrada
como um ato de rendição do mais fraco contra o mais forte, numa lógica de
guerra, mas sim a partir de um processo de negociação democrática.
Apelamos
para que o governo avalie, sem radicalismos e intransigência, os prejuízos que
está impondo à sociedade e aos educadores catarinenses e retome o caminho do
diálogo para que se encontre uma saída que permita aos educadores avaliarem a
possibilidade de finalizar a paralisação.
Continuamos abertos ao diálogo e aguardamos
o agendamento de um encontro para retomarmos as conversações.
No aguardo de vossa manifestação;
Atenciosamente;
Alvete Pasin Bedin
Coordenadora Estadual
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Anna Julia Rodrigues
Secretária Geral
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